UPM oferece papéis barreira para embalagens que evitam desperdício de alimentos
O uso de materiais sustentáveis nas embalagens de alimentos pode ser importante aliado no combate ao desperdício global de alimentos, que chega a perdas de 1,3 bilhão de toneladas por ano

Pão mofado, carne vencida e produtos podres estão no topo da lista quando se trata de mantimentos jogados fora anualmente pelas famílias. De fato, a Organização de Alimentos e Agricultura (FAO) estima que cerca de um terço de todos os alimentos produzidos para consumo humano são perdidos ou desperdiçados globalmente, totalizando cerca de 1,3 bilhão de toneladas ou mais de US$ 1 trilhão por ano.
Nesse sentido, diversas entidades buscam formas de solucionar o problema, inclusive considerando como as embalagens podem desempenhar um papel maior na redução do desperdício de alimentos.
Uma alternativa de uso final são os papéis barreira, que visam ser sustentáveis sem comprometer a segurança e o desempenho, além de cumprir sua tarefa primordial, que é proteger o produto.
LEVANTANDO BARREIRAS CONTRA O DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS
“Há muitas razões pelas quais os alimentos são desperdiçados, como comprar demais, planejamento ruim, tamanhos de embalagens grandes, produtos estragados e poucas habilidades de cozinha para utilizar alimentos já cozidos. Embora consumidores e varejistas tenham seu papel a desempenhar, uma boa embalagem pode ser a solução para reduzir essas perdas”, afirmou Juha-Matti Katajajuuri, cientista sênior do Instituto de Recursos Naturais da Finlândia (LUKE).
A embalagem pode evitar a deterioração agindo como uma barreira entre as influências externas, como luz, oxigênio, temperatura e umidade. Embora inovações como papéis de barreira não possam ser usados para embalar tudo, eles estão fornecendo a melhor vida útil quando é aplicável.
“No quadro geral, a embalagem estende a vida útil e potencialmente reduz o desperdício de alimentos, mas não é tão evidente quanto às vezes se escreve. É extremamente difícil avaliar cientificamente a situação e o efeito direto real da embalagem. Idealmente, deveríamos realizar um estudo de longo prazo de desperdício de alimentos em vários domicílios para medir quaisquer aumentos ou diminuições dependendo da embalagem”, completou Katajajuuri.
Ele acredita que também seria benéfico começar a comparar as pegadas ambientais e de carbono das várias opções de embalagens disponíveis, e a partir disso, a funcionalidade das embalagens e toda a cadeia de suprimentos precisam ser incluídas.
Esse impacto foi enfatizado por um estudo do LUKE publicado em 2014 que descobriu que, se algumas fatias de presunto não forem consumidas em um pacote, o impacto climático (negativo) do lixo é muito maior do que a pegada de carbono da fabricação da embalagem.
MOVENDO A EMBALAGEM NA DIREÇÃO CERTA
Há muitas maneiras de reduzir o desperdício de alimentos, mas a UPM Specialty Papers vem fazendo sua parte desenvolvendo papéis barreira para embalagens de consumo. “O foco principal de nossa equipe é garantir a vida de prateleira, especialmente porque aspiramos desenvolver alternativas de embalagens de papel para embalagens de base fóssil”, disse Esa Saukkonen, gerente de desenvolvimento de portfólio de embalagens.
Ele acrescentou que as soluções da UPM visam à embalagem ideal: “Não projetamos papéis de barreira que fariam com que nossos clientes embalassem menos ou mais; é importante não usarmos barreiras excessivas para produtos que não precisam delas. A qualidade deve atender às demandas dos clientes e garantir que a pegada ambiental vá na direção certa”.
“Quando materiais plásticos ou à base de papel são usados para embalagens primárias e já fornecem uma barreira suficiente para garantir a vida útil, os requisitos para embalagens externas secundárias, como caixas de papelão, não são tão exigentes ou mesmo obrigatórios. Nesses casos, os papéis de embalagem são uma ótima alternativa ecologicamente correta, sem criar o risco de gerar mais desperdício de alimentos”, destacou Saukkonen.
Ele observa que a sustentabilidade agora é a espinha dorsal de todas as empresas, portanto, as metas ESG são muito mais visíveis agora do que há uma década. Há também mais demanda por soluções baseadas em papel do que havia cinco anos atrás.
No entanto, reforça que a principal função de um material de embalagem deve ser sempre proteger o produto desde a embalagem até o consumo: “Se não fizer isso, então é uma falha e não ajuda na luta global contra o desperdício de alimentos”, concluiu o executivo.