Trabalhadores da WestRock prolongam greve no Alabama
A companhia tentou, pela terceira vez, chegar a um acordo com os mais de 400 membros sindicais, que votaram contra a proposta

Trabalhadores da fábrica de papel Mahrt Mill da WestRock em Cottonton, Alabama, nos EUA, estão em greve desde outubro passado. A companhia tentou, pela terceira vez, chegar a um acordo com os mais de 400 membros sindicais, que votaram contra a proposta. No início deste mês a empresa indicou que essa seria sua “última, melhor e última oferta”, mas os trabalhadores rejeitaram, pressionando por suas reinvindicações.
O United Steel, Paper and Forestry, Rubber, Manufacturing, Energy, Allied Industrial and Service Workers International Union, comumente conhecido como United Steelworkers (USW), é um sindicato geral com membros em toda a América do Norte.
O contrato entre a companhia e o USW havia expirado em novembro de 2021, com o sindicato concordando com repetidas prorrogações. Quando a empresa retornou com uma nova proposta, em setembro de 2022, os trabalhadores não concordaram com os termos, o que se repetiu em outubro, quando foi feito o bloqueio da fábrica.
A maior oposição dos trabalhadores é aos esforços da empresa para remover uma cláusula de “penalidade” no acordo atual que garante o pagamento de horas extras – os funcionários da fábrica relatam que não são incomuns turnos que podem chegar a 16 horas. Além disso, eles resistem a cortes nos benefícios de assistência médica.
Em resposta à recente rejeição do contrato, Robby Johnson, gerente de comunicações corporativas da WestRock declarou: “A WestRock está desapontada com os resultados da votação e está alinhando seus próximos passos, que incluem continuar a operar a fábrica de papel, até que um acordo seja aprovado e ratificado”.
Apesar da continuidade da greve, dezenas de trabalhadores preferiram se aposentar ou renunciaram aos seus cargos desde o início do bloqueio, indicando problemas econômicos infligidos pela greve.
Enquanto isso, a empresa buscou trabalhadores de suas outras fábricas, como em Lanett, Alabama, para manter a fábrica de Cottonton funcionando.