Sustentabilidade também se trata de sobrevivência do negócio, diz diretora da CNI
Segundo Mônica Messenberg, a indústria brasileira está realmente preocupada com a sustentabilidade, e esse empenho vai além da importância ambiental

No mês de novembro, a diretora de Relações Institucionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mônica Messenberg, participou da 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP27).
Na oportunidade, a executiva afirmou que a indústria brasileira está “realmente preocupada com a sustentabilidade”. Para a diretora, o empenho vai além da importância ambiental, já que também se trata de uma questão de “sobrevivência do negócio”; logo, o setor tem relevância na participação em debates sobre mudanças climáticas.
“É uma forma de a gente mostrar o que a indústria tem feito em prol da descarbonização e da melhora da sustentabilidade industrial como um todo”, pontuou Mônica.
Durante a conferência, a CNI ainda realizou um evento, nomeado Brazilian Industry Day, que teve como objetivo aprofundar o debate sobre quatro pilares de sustentabilidade da indústria, além da apresentação de experiências bem-sucedidas das empresas brasileiras.
INDÚSTRIA SUSTENTÁVEL
De acordo com a CNI, existem quatro pilares iniciais mais relevantes para contextualizar a sustentabilidade da indústria. São eles: mercado de carbono, transição energética, economia circular e conservação florestal.
O ponto sobre mercado de carbono, na visão da entidade, se refere à promoção e a regulação do mercado de carbono por meio de um mercado regulado no modelo cap and trade, capaz de estimular o ambiente de negócios, assim como a inovação e competitividade empresarial, sem aumentar a carga tributária.
No que se trata de transição energética, o debate engloba a expansão e a diversificação das fontes renováveis (eólica, solar e bioenergia) para geração de energia, por meio de novas tecnologias, como é o caso do hidrogênio verde.
Já sobre a economia circular, a CNI defende que é possível adotar um modelo econômico com o intuito de reaproveitar ao máximo os recursos, evitando o desperdício e preservando o meio ambiente, com menor geração de resíduos.
Por fim, a entidade acredita que a indústria de base florestal precisa desenvolver todo o seu potencial, tanto pelo crescimento da produção quanto pela promoção de novos produtos e modelos de negócio com foco no desenvolvimento de novos materiais. Com isso, é possível desenvolver o potencial florestal do Brasil, tanto de florestas plantadas quanto de nativas.
Conforme a CNI, a criação de um ambiente de negócios favorável e o fortalecimento das instituições que cuidam do tema são fatores essenciais para a melhoria da competitividade do setor.