Smurfit Westrock aposta em clonagem de Pinus taeda para aumentar produtividade e sustentabilidade florestal
Projeto desenvolvido em parceria com a UFV é destaque em documentário e promete ganhos de até 40% na produção de madeira, além de benefícios ambientais
O documentário “Novas Raízes – Escolhas do Futuro”, produzido pela Warner Bros. Discovery e Casa Redonda em parceria com a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), estreou em 23 de setembro e reúne histórias de empresas e pessoas ligadas ao setor de árvores plantadas. Entre os destaques está o projeto desenvolvido pela Smurfit Westrock, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), que introduziu uma inovação inédita no setor florestal brasileiro: a multiplicação de plantas de Pinus taeda.
INOVAÇÃO NA MULTIPLICAÇÃO DO PINUS
A iniciativa busca superar os desafios técnicos do Pinus taeda em comparação ao eucalipto, espécie já consolidada no processo de multiplicação. “Essa é uma espécie fundamental para nossa produção de papel e celulose, mas que apresenta desafios técnicos importantes quando comparada ao eucalipto. Por isso, investir em tecnologia de multiplicação de plantas de famílias e, agora, na de indivíduos, é estratégico para o futuro do setor”, explicou Heuzer Guimarães, vice-presidente florestal e fibras recicladas da Smurfit Westrock Brasil.
Enquanto o eucalipto apresenta ciclo de produção mais curto e já passa amplamente pelo processo de clonagem, o Pinus taeda possui enraizamento mais difícil e crescimento mais lento. A solução encontrada pela empresa foi investir na multiplicação de plantas de famílias — cruzamentos naturais controlados entre árvores de alto desempenho —, garantindo maior homogeneidade no plantio, além de ganhos em volume e qualidade da madeira.
RESULTADOS E PERSPECTIVAS
As estimativas iniciais apontaram ganhos de até 40% na produtividade de madeira em comparação com os plantios tradicionais. Além do aumento de eficiência econômica, os avanços representam benefícios ambientais, como maior absorção de CO₂ e menor necessidade de água.
Desde 2023, o projeto entrou em uma nova etapa, voltada à multiplicação de indivíduos selecionados. A proposta é replicar em escala industrial uma única árvore de desempenho superior por meio de técnicas naturais. “Essa inovação vai permitir produzir mais com menos área plantada, o que contribui diretamente para o sequestro de carbono e melhor aproveitamento do solo”, afirmou Guimarães.
REFORÇO AO COMPROMISSO AMBIENTAL
A presença no documentário, segundo a companhia, reafirma a busca por soluções sustentáveis no setor. “Esse documentário é uma oportunidade de mostrar à sociedade o papel estratégico do setor de árvores plantadas para reduzir os efeitos das mudanças climáticas e como estamos contribuindo por meio de inovação e tecnologia aplicada para potencializar os benefícios ao meio ambiente, cuidando desse precioso recurso e fazendo parte da solução para um planeta melhor”, complementou o executivo.















