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Receita da Irani cai 8% no segundo trimestre, para R$ 394,47 milhões

Já o lucro líquido da companhia chegou a R$ 228,746 milhões, impactado positivamente pelo reconhecimento judicial de créditos de PIS e COFINS sobre a aquisição de aparas

A Irani registrou uma receita líquida 8% menor no segundo trimestre de 2023 ante o mesmo período no ano anterior, somando R$ 394,47 milhões. Já o lucro líquido da companhia chegou a R$ 228,746 milhões, impactado positivamente pelo reconhecimento judicial de créditos de PIS e COFINS sobre a aquisição de aparas – que gerou resultado não-recorrente de R$ 161,11 milhões, com relevante reforço de caixa.

Segundo a empresa, a queda na receita foi motivada pelo recuo de 3,3% nas vendas no segmento de embalagens sustentáveis (papelão ondulado), devido ao cenário econômico nacional e parada das máquinas de papel em Santa Catarina, para a interligação com a caldeira de recuperação (Gaia I), e de manutenção em Minas Gerais.

As vendas da companhia, no entanto, foram positivas em relação aos três primeiros meses do ano. “Houve crescimento de 1,4% na demanda por embalagens entre abril e junho em relação ao primeiro trimestre de 2023, o que indica resiliência do consumo e, consequente, sustentação da demanda para os nossos produtos”, afirmou Odivan Cargnin, diretor de Administração, Finanças e de Relações com Investidores da Irani.

Em relação ao Ebitda ajustado, o valor foi de R$ 117,1 milhão, com margem de 29,7% – 19,2% inferior ao apurado no segundo trimestre de 2022. O executivo explicou, porém, que a decisão judicial favorável à Irani de crédito de PIS e COFINS sobre aquisições de aparas terá impacto recorrente positivo estimado, por mês, de R$ 1,6 milhão no Ebitda da empresa.

Os investimentos deste trimestre somaram R$ 125,2 milhões e foram direcionados, principalmente, para reflorestamento, manutenção e melhorias das estruturas físicas, software, máquinas e equipamentos da Irani.

CONCLUÍDA A MAIOR ENTREGA DA PLATAFORMA DE INVESTIMENTOS DO GAIA

O segundo trimestre de 2023 foi marcado pela conclusão da maior e mais significativa entrega dentro do escopo do projeto Gaia I, parte da Plataforma Gaia, que compreende um amplo projeto de modernização de unidades e de autossuficiência energética, entre outros investimentos. Em junho, ocorreu o start-up da operação da caldeira de recuperação química em Santa Catarina – equipamento responsável por queimar o licor negro, um subproduto gerado pelo cozimento de rejeitos da celulose.

“Esse foi um marco para a empresa, que a coloca em um novo patamar de eficiência energética. A queima deste combustível gera dois benefícios principais: a recuperação de componentes químicos como a soda cáustica, muito utilizada na indústria de papel, e a geração própria de energia por meio do vapor de alta pressão resultante da combustão”, explicou o diretor dos Negócios Papel e Florestal da Irani, Henrique Zugman.

No Gaia I, a companhia também concluiu, entre maio e junho, a engenharia dos equipamentos do pátio de madeiras e a realocação da rede existente de alta tensão para a caldeira de recuperação.

A Irani prevê um aumento na capacidade produção de celulose em 29% e incremento de 56% na geração própria de energia com a entrega do Gaia I.

Confira o balanço completo do segundo trimestre da Irani aqui.

Saiba mais sobre a Plataforma Gaia em uma entrevista exclusiva de Henrique Zugman ao Portal Packaging aqui.

Fonte
Irani
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