Puma II eleva a exposição da Klabin no mercado premium
O investimento total na Unidade Puma, no Paraná, soma R$ 21,4 bilhões e amplia sua atuação nos mercados de kraftliner e cartões

Na semana passada, a Klabin inaugurou o Projeto Puma II, o maior investimento de sua história, somando aportes de R$ 12,9 bilhões – chegando a R$ 21,4 bilhões totais com o Puma I. Por meio deste projeto, a companhia se consolida como uma das principais fornecedoras de papel cartão do mundo e aumenta a exposição de seus negócios para o mercado premium.
Nesse sentido, o Puma II conta com duas novas máquinas de papel, a MP 27 e a MP28, elevando a capacidade de produção da companhia para 4,7 milhões de toneladas de papel e celulose por ano. No início do projeto ambas as máquinas produziriam kraftliner, mas os planos mudaram com a mudança de hábitos do consumidor, culminando em uma segunda máquina para papel cartão.
“Na pandemia, vimos uma mudança no perfil de consumo e a aceleração da substituição do plástico [nas embalagens]. Então, decidimos que a MP 28 produziria também cartões”, explicou José Soares, diretor comercial de papéis da Klabin. Para isso, o projeto recebeu investimentos adicionais na casa de R$ 3,5 bilhões.
“Mas isso colocou a Klabin em um mercado que não tem sobrecapacidade”, acrescentou o executivo, indicando também que o excesso de oferta de kraftliner, que derrubou seus preços, persiste globalmente.
Diante desse cenário, quando a Klabin iniciar a produção de cartões 100% brancos, poderá acessar o mercado farmacêutico e chegar aos Estados Unidos, no segmento de embalagens para leite fresco.
Para Cristiano Teixeira, diretor-geral da Klabin, a inauguração do projeto marca um ciclo de crescimento concebido há dez anos – com o Puma I a companhia dobrou de tamanho e, três anos depois, iniciou a concepção do Puma II.
“Com R$ 21,4 bilhões, a unidade Puma, que já nasceu sustentável e com tecnologia, nos coloca como os maiores investidores privados do Paraná”, declarou o executivo.