Paraibuna Embalagens consolida produção de papel branco reciclado e amplia presença no mercado
White Top Liner da empresa atingiu padrão internacional de qualidade e conquistou clientes com desempenho técnico e foco em sustentabilidade
Há mais de uma década, a Paraibuna Embalagens iniciou a produção do White Top Liner (WTL), papel branco reciclado que hoje representa cerca de 5% das embalagens de papelão comercializadas no Brasil. A iniciativa, motivada pelo fundador Heitor Villela, visava oferecer um papel de origem reciclada com alta qualidade, em um segmento tradicionalmente dominado por fibras virgens.
O WTL é composto por uma camada superior feita de aparas brancas e celulose branqueada, e uma camada inferior com aparas recicladas de papel ondulado. Essa estrutura permite impressões de alta qualidade e resistência mecânica, aliando desempenho e sustentabilidade.
Segundo Mário Henrique Santos, gerente comercial da Divisão Papel, o foco sempre foi a excelência: “Nosso objetivo sempre foi ter o melhor papel de origem reciclada. Todo esse processo foi construído a partir da percepção e exigibilidade dos clientes e isso nos permitiu, inclusive, ingressar no mercado internacional, porque identificamos que o padrão do WTL já estava acima do que era oferecido fora do Brasil”.
O gerente destacou que a empresa passou a competir com papéis de fibra virgem: “Entramos competindo não mais só com o papel branco reciclado, e sim competindo com papéis brancos de fibra virgem. Isso eleva mais uma vez nosso potencial competitivo, e o objetivo é que nosso produto assuma características de resistência, de propriedade física, muito além do que é o normal para um papel reciclado”.
Para garantir o padrão, a Paraibuna investiu em matéria-prima, melhorias industriais e equipamentos de laboratório. “Fizemos investimento na parte industrial com aquisição e melhorias em máquinas e compra de novos equipamentos que trouxeram ganhos à aparência física do papel. Podemos falar que a Paraibuna tem uma condição muito boa no mercado, tanto no parque fabril quanto também no laboratório de testes físicos do papel, que assegura o padrão de qualidade”, afirmou a superintendente Rachel Marques.
Entre os testes realizados estão o SCT (resistência à compressão), o Ply Bond (aderência entre camadas) e análises de cor segundo normas ABNT e TAPPI. “O teste de Ply Bond é crucial para o desenvolvimento de papéis, pois assegura a resistência das ligações internas, o que influencia diretamente na durabilidade e desempenho do produto nas mais diversas aplicações”, explicou André Luis Possas, gerente técnico da unidade de Juiz de Fora.
A empresa também mantém certificação FSC e utiliza tecnologias como Size Press e mesa dupla para reforçar as propriedades do WTL. Denise Peter, gerente de Suprimentos, destacou a colaboração com fornecedores e clientes na evolução do produto: “Fizemos parcerias com fornecedores habituais, demostrando que realmente precisávamos de um outro tipo de matéria-prima. Uma mais especial e mais nobre”.
Ela complementou: “Por isso, prestamos consultoria técnica sempre que os aparistas desejavam nos vender um produto. Assim, eles entenderam as especificidades da matéria-prima que utilizávamos como padrão e começaram a trabalhar de forma diferente. Outra parceria interessante foi com os clientes que tinham aparas (refile) de produção importantes para nosso processo produtivo”.
De acordo com uma pesquisa do Instituto PHD em 2024, 95,8% dos clientes consideram o WTL um produto de qualidade. Para Rachel Marques, esse resultado reflete o esforço coletivo: “Começamos produzindo um papel branco sem referências mercadológicas. Ao adotar um processo colaborativo com nossos fornecedores e clientes, desenvolvemos novos atributos de melhoria continua. O papel de qualidade fabricado hoje que nos projeta no mercado internacional é fruto dessa construção coletiva. Sua evolução ao longo desses dez anos se deu através de muita pesquisa, muito estudo e muita percepção dos clientes. Esse é o caminho para avançarmos sempre e cada vez mais”.
