Papirus avança na digitalização de ativos com plano de investimentos de R$ 2,5 milhões até 2026
Com foco na modernização do parque fabril, empresa já instalou 92 sensores para monitoramento preditivo e espera reduzir horas improdutivas para 1% até o fim do projeto
A Papirus, uma das principais fabricantes de papel cartão no Brasil, está avançando no processo de digitalização de seus ativos para monitoramento em tempo real. A iniciativa visa aumentar a disponibilidade dos equipamentos utilizados no processo produtivo. A empresa estabeleceu um plano de investimentos no valor de R$ 2,5 milhões até 2026, sendo que R$ 1 milhão já foi aplicado.
O projeto inclui a instalação de 400 sensores nos equipamentos, que têm como função monitorar o desempenho em tempo real e detectar, de forma preditiva, possíveis anomalias que possam comprometer o funcionamento. Até o momento, 92 sensores já estão em operação. A Papirus priorizou a análise dos equipamentos que impactam diretamente a qualidade e a produtividade, dado o tamanho do parque fabril.
“Estamos revisando todo o sistema de manutenção para permitir o monitoramento online dos ativos, com o objetivo de avançar, futuramente, na implantação de uma plataforma de coleta de dados baseada em inteligência artificial, desenvolvida pela Crave Industry”, afirmou João Artur Camargo Santos, gerente de Projetos e Manutenção da Papirus.
Esses dados serão reunidos em um banco de dados, e o software correlacionará as variáveis para identificar possíveis riscos de falhas nos equipamentos, explicou João Artur. A reestruturação da estratégia de manutenção também inclui a reconstrução da árvore de ativos, a digitalização das rotas de inspeção, a definição da criticidade dos equipamentos e o planejamento de atividades de prevenção. Além disso, a aquisição de dispositivos para análise de vibração, temperatura e lubrificação está prevista.
Esse processo envolve o treinamento das equipes e uma mudança cultural em relação à manutenção, desenvolvendo novas habilidades para o uso das ferramentas tecnológicas. “Com a implantação deste projeto, a Papirus terá um modelo de manutenção de classe mundial, com confiabilidade dos equipamentos dentro da curva esperada e monitoramento online de quase 100% dos ativos prioritários (classificação A)”, acrescentou João Artur.
Mesmo com o sistema ainda em fase de implementação, a Papirus já observa resultados positivos. Antes do início do projeto, a empresa registrava 1,6% de horas improdutivas por mês, número que já caiu para 1,4%, com a expectativa de chegar a 1% até a conclusão do projeto.
O trabalho está sendo realizado em parceria com a Assessman, uma consultoria especializada em manutenção industrial, com ampla experiência no setor.