Papirus avalia possibilidade de expansão em novo plano estratégico
Amando Varella apontou que a máquina de papel atual não permite nova rodada de crescimento, logo, o investimento para ampliação da empresa seria maior

A Papirus, uma das mais tradicionais fabricantes brasileiras de papel cartão, se aproxima da conclusão de seu plano de investimentos entre 2017-2013 em meio a discussões a respeito de um novo plano de expansão.
Em entrevista, Amando Varella, copresidente e diretor de marketing e comercial da companhia, apontou que a máquina de papel atual não permite nova rodada de crescimento, logo, o investimento para ampliação da empresa seria maior. “Estamos avaliando como e se iremos colocar de pé um novo projeto de expansão”, declarou o executivo.
Para auxiliar a Papirus no planejamento estratégico para os próximos cinco anos, a empresa contratou uma consultoria, que também participou do planejamento anterior. Hoje, segundo Amando, a companhia está em outro patamar de resultados financeiros, permitindo considerar ainda mais as possibilidades de melhorias e crescimento. Este ano, a empresa projeta um faturamento de R$ 750 milhões, ante R$ 460 milhões no ano passado.
Caso a companhia decida seguir com a expansão, será necessário avaliar alternativas disponíveis de financiamento, incluindo um possível novo sócio ou uma oferta pública inicial (IPO) de ações. “Sabemos que há potencial para crescer, mas a decisão é do acionista”, afirmou Varella.
Após a primeira rodada de discussão do planejamento estratégico, agora inicia-se um detalhamento do potencial projeto de expansão, que deve levar ao menos seis meses, para então chegar a uma tomada de decisão.
O cenário é positivo para o potencial de crescimento da companhia, com a tendência em alta da procura por embalagens mais sustentáveis e da substituição do plástico de uso único. Além disso, também será necessário ampliar a coleta das embalagens usadas e retirá-las do meio ambiente. “Olhando para a frente, tem muita oportunidade em embalagem sustentável, mas recolhendo do ambiente”, ressaltou o copresidente.
Segundo o executivo, a oferta de cartões com participação cada vez maior de conteúdo reciclado tende a ser um diferencial de mercado. Atualmente, a Papirus utiliza aparas em cerca de 35% a 40% de sua produção, entre resíduo pós-consumo e pós-industrial, mas com a meta de chegar a 60%.
Atenta a demanda por cartões mais sustentáveis, a companhia tem promovido rodadas de conversa com empresas de consumo. “As grandes marcas estabeleceram metas de uso de conteúdo reciclado e nós queremos acompanhar esses consumidores”, concluiu Varella.