Painel ABRE discute impacto do cenário econômico e político no setor de embalagens
A recuperação econômica tem acelerado a retomada das famílias às compras, o que impulsiona as demandas do segmento

Na última quinta-feira, 18, a Associação Brasileira de Embalagens realizou o evento on-line “Painel Abre Macroeconômico, Mercado de Consumo e Cenário Político”, que trouxe perspectivas e insights sobre os desafios e oportunidades para o mercado de packaging.
O evento foi realizado em parceria com o Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e contou com a presença de alguns especialistas da instituição, como Aloísio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas, e Rodolpho Tobler, coordenador das Sondagens do Comércio e de Investimentos da Superintendência Adjunta para Ciclos Econômicos.
Os executivos trouxeram um panorama sobre as questões econômicas relacionadas ao setor de embalagens, que está diretamente atrelado ao consumo – haja vista que, ao longo de 2022, a recuperação econômica tem acelerado a retomada das famílias às compras, o que impulsiona as demandas do segmento. Apesar da massa salarial no país não ter avançado em proporções consideradas positivas em relação à inflação, o desemprego recuou, indicando um cenário de possibilidade de melhora.
O comércio eletrônico permanece relevante nesse cenário, afetando diretamente a indústria de papelão, a mais utilizada em processos logísticos para armazenagem e transporte de bens de consumo. A alta nos insumos do segmento – que afetou as indústrias em grande proporção nos últimos anos – tem apresentado uma desaceleração, indicando uma possível estabilidade.
Outro fator relevante para embalagens em papéis é a atenção da população para os impactos ambientais de suas aquisições – 66% dos consumidores tentam impactar o meio ambiente por meio de suas ações cotidianas. Desse modo, como o papel é a opção mais ecológica, o interesse do setor de embalagens em geral por investir no segmento deve aumentar.
Além disso, o evento também trouxe um panorama político para o curto e médio prazo. Rafael Cortez, professor de Ciência Política na IDP, indicou que o maior desafio para o próximo presidente eleito é construir uma estabilidade para a economia do país, que vem sofrendo muito desde a pandemia.
Cortez indicou, ainda, que 2023 deve ser um ano de transformação, pois é de praxe que o primeiro ano após a eleição seja o período em que haja mais reformas acontecendo – as possibilidades incluem a parte econômica e tributária.