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Klabin registra queda de 63,5% no lucro líquido do primeiro trimestre de 2024

As receitas, por sua vez, caíram 8,3% na comparação anual, para R$ 4,43 bilhões

No primeiro trimestre do ano, a Klabin registrou um lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 425,5 milhões, representando uma queda de 63,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Essa diminuição foi influenciada por um desempenho financeiro menos favorável durante o período.

As receitas da maior produtora e exportadora de papéis para embalagens e soluções sustentáveis em embalagens de papel do Brasil totalizaram R$ 4,43 bilhões entre janeiro e março, denotando uma redução de 8,3% em relação ao primeiro trimestre de 2023. Esse declínio, em grande parte, foi consequência da queda nos preços da celulose e kraftliner, bem como da valorização do real.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da Klabin alcançou R$ 1,65 bilhão nos primeiros três meses de 2024, queda de 14,9% em comparação ao ano anterior. A margem Ebitda ajustada apresentou uma redução de três pontos percentuais, atingindo 37%.

Em comunicado que acompanha os resultados, a Klabin afirmou que o primeiro trimestre de 2024 foi caracterizado por condições mais favoráveis nos principais segmentos em que atua, observando uma recuperação sequencial nos preços e na demanda.

O custo caixa por tonelada da empresa diminuiu 9% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 2.984, explicado principalmente pela redução nas despesas de vendas e nos custos variáveis, além da diluição de custos fixos devido ao aumento no volume de vendas.

Nesse sentido, a companhia registrou resultado financeiro de valor negativo de R$ 378 milhões, revertendo um resultado positivo de R$ 58 milhões na comparação ano a ano, devido ao aumento nas despesas financeiras e aos maiores efeitos da variação cambial.

A Klabin ainda teve uma queima de caixa livre de R$ 454 milhões, consequência dos investimentos realizados e ao aumento do capital de giro. A dívida líquida da empresa atingiu R$ 21,3 bilhões ao final de março, com uma alavancagem correspondente a 3,5 vezes o Ebitda.

Diante desse cenário, a companhia aprovou o pagamento de R$ 330 milhões em dividendos, equivalente a R$ 0,059 por ação ordinária e preferencial e R$ 0,29 por unit. Os acionistas registrados até o dia 3 de maio terão direito ao recebimento, enquanto as ações passarão a ser negociadas como “ex-dividendos” a partir de 6 de maio. O crédito será efetuado no dia 16 do mesmo mês.

Fonte
Valor Econômico
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