Klabin mantém perspectivas positivas para o segundo trimestre de 2024
Marcos Ivo, diretor financeiro da empresa, destacou a estabilidade nos preços e a expansão operacional como fatores que corroboram a expectativa positiva

No primeiro trimestre do ano, a Klabin observou um cenário favorável em termos de preços para seus produtos, conforme declarou Marcos Ivo, diretor financeiro e de relações com investidores da empresa. O executivo destacou que essa tendência positiva se estendeu para o segundo trimestre, até o momento atual.
No negócio de celulose, os preços têm aumentado de forma consistente desde o início do ano, com previsão de novos reajustes anunciados pelos produtores para maio. Quanto ao mercado de kraftliner, que vem se recuperando desde o final de 2023, a Klabin anunciou novos aumentos vigentes a partir de abril, de acordo com a Fastmarkets.
No que diz respeito às vendas de caixas de papelão ondulado, um dos principais produtos da Klabin em termos de volume, o início do ano foi marcado por um desempenho robusto, continuando no segundo trimestre em condições semelhantes, conforme indicado por Ivo.
A empresa conta, agora, com um volume adicional de papelão ondulado disponível para comercialização, com a entrada em operação do Projeto Figueira, localizado em Piracicaba, São Paulo. Esta unidade deverá produzir 70 mil toneladas neste ano, sendo a maior parte desse volume considerada “incremental”.
Quanto à aquisição de ativos florestais da Arauco no Paraná, no valor de US$ 1,16 bilhão, Marcos Ivo afirmou que o processo está progredindo conforme o planejado, com a expectativa de fechamento da operação até o final do trimestre. No curto prazo, o foco da Klabin está na conclusão desse negócio, seguido pela integração dos ativos à sua base florestal, e na garantia da evolução da produção das máquinas de papel 27 e 28, em Puma II, e da fábrica de Piracicaba.
Apesar dos investimentos elevados previstos para 2024, a Klabin deve continuar registrando fluxo de caixa livre negativo. No entanto, devido ao financiamento equacionado, a situação é considerada confortável, com expectativa de cumprir os limites de alavancagem estabelecidos na política de endividamento.
Em relação aos resultados do primeiro trimestre, além dos volumes de produção e vendas de kraftliner e papelão ondulado, Marcos Ivo destacou a redução de 9% no custo caixa total da Klabin, para R$ 2.984 por tonelada. O custo caixa de produção de celulose também foi reduzido em 7%, para R$ 1.263 por tonelada.
O melhor desempenho em termos de valores é atribuído a fatores estruturais, como a diluição do custo fixo com o aumento do volume de produção, e melhorias nos custos variáveis, incluindo menor consumo de insumos específicos e redução dos preços de certos produtos químicos. Além disso, houve uma diminuição nas despesas de vendas devido a valores de frete mais baixos.
Marcos Ivo afirmou que, olhando para o futuro, não há motivos para esperar mudanças significativas nos custos, e a Klabin está no caminho certo para cumprir a meta de custo caixa total de R$ 3.100 por tonelada estabelecida para 2024.