Klabin espera segundo semestre com sazonalidade típica
Segundo Marcos Ivo, diretor financeiro e de relações com investidores, de maneira geral, no começo do terceiro trimestre os mercados estão bem parecidos com o que foi o trimestre anterior

Tradicionalmente, o segundo semestre costuma ser mais forte para a indústria papeleira. De acordo com Marcos Ivo, diretor financeiro e de relações com investidores da Klabin, a expectativa é de sazonalidade típica e, de maneira geral, no começo do terceiro trimestre os mercados estão bem parecidos com o que foi o trimestre anterior.
Para a maior produtora de papéis e embalagens sustentáveis do país, o maior desafio ainda é o mercado global de celulose de fibra curta, com preços mais baixos na China e Europa. Ao mesmo tempo, as fibras longas e a celulose fluff permanecem com boa demanda e preços saudáveis. “Em kraftliner há pequenos sinais de melhora. Os estoques no mundo estão mais perto dos níveis normais, o que acaba reaquecendo a demanda”, acrescentou Ivo.
A Klabin divulgou recentemente seus resultados financeiros para o segundo trimestre, sendo beneficiada mais uma vez pelo seu modelo de negócio integrado. “Papéis e embalagens equilibraram a baixa de preço na celulose de fibra curta. Mais uma vez, o modelo de negócios entregou resultados por resiliência e estabilidade”, destacou o diretor.
Segundo o executivo, no negócio de cartões o mercado permanece resiliente e com preços crescentes, no momento em que a companhia iniciou as operações de sua nova máquina, a MP 28. Este ano, a máquina deve produzir 165 toneladas de papéis, sendo 100 mil toneladas de kraftliner e 65 mil de cartões. Em 2024, a companhia pretende inverter esse mix.
Em relação aos custos, por sua vez, a companhia indica que já existe “alguma acomodação” em químicos e combustíveis. Todavia, a compra de madeira de terceiros continua pressionando para cima o custo caixa de produção de celulose – o que deve permanecer nos próximos sete anos de operação de Puma II.
Diante desse cenário, conforme Marcos Ivo, o foco da Klabin no segundo semestre será a curva de aprendizagem da MP 28, bem como a busca de ações que aumentem a produtividade, eficiência operacional e mitigação de custos.
“Ainda há nuvens importantes relacionadas ao cenário macroeconômico”, afirmou o executivo.