Klabin deve investir R$ 5,4 bilhões em 2023
Do total, R$ 2,2 bilhões seriam para manutenção e R$ 1,1 bilhão para empreendimentos especiais, como os projetos Figueira e Horizonte, além de mais R$ 2,1 bilhões para o projeto Puma II

De acordo com o diretor financeiro e de relações com investidores da Klabin, Marcos Ivo, a empresa deve investir R$ 5,4 bilhões em 2023. Desse total, R$ 2,2 bilhões seriam para manutenção e R$ 1,1 bilhão para empreendimentos especiais, como os projetos Figueira e Horizonte, além de mais R$ 2,1 bilhões para o projeto Puma II, o maior investimento na história da companhia.
“A modernização ou substituição da caldeira de Monte Alegre segue em estudo e temos duas alternativas que indicam investimento menor do que o previsto. A previsão é concluir os estudos e submeter à aprovação do conselho de administração ao longo do primeiro semestre”, disse Ivo.
Com a aprovação do projeto, os valores previstos para 2023 serão referentes a obras preparatórias e já estão contemplados no investimento total anunciado para o ano.
Segundo o diretor, durante os próximos cinco anos, o volume de vendas da empresa será beneficiado por novas capacidades que já começaram a entrar em operação, elevando a participação de papéis e embalagens de papelão ondulado nas receitas.
“Historicamente e estruturalmente, o Ebitda de embalagens é mais resiliente e estável, especialmente em papel ondulado e cartão”, contou o executivo. Ele acrescentou, ainda, que para 2023 a visão para o preço médio dos cartões no mercado internacional embute aumento de pelo menos dois dígitos.
Nesse cenário, o retorno sobre o capital investido (Roic) deve seguir avançando nos próximos anos, conforme indicou Marcos Ivo. Entre 2016 e 2022, esse indicador ficou em 14% na média, ante a 9% nos anos anteriores. Contudo, o executivo indicou que, a partir de 2023, a previsão é de Roic médio acima desses 14%. “Olhando para o futuro, temos bastante confiança em indicar que o Roic será maior com a maturação dos projetos feitos desde Puma I”, completou.
O diretor também afirmou que a expectativa em relação ao custo médio total da Klabin, em 2023, é de aumento de “dois dígitos” baixos em relação a 2022. Conforme explicou o executivo, os impactos virão do mix de produção, com maiores volumes de cartão e papelão ondulado, com dois pontos percentuais, e madeira mais cara, com impacto de cerca de quatro pontos. Já os demais componentes dos custos acompanharão a inflação.