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Klabin destina 25% de sua capacidade para fábricas no Nordeste

A empresa investiu R$ 188 milhões na fábrica de Horizonte, acompanhando o crescimento da demanda regional acima da média nacional, por conta das exportações de frutas

A Klabin aumentou sua capacidade de produção de caixas de papelão ondulado no Nordeste para 300 mil toneladas por ano, o equivalente a 25% da capacidade total de suas fábricas. O movimento acontece em razão do crescimento da demanda regional acima da média nacional, por conta das exportações de frutas – segmento este que está entre um dos principais compradores das embalagens da empresa.

O aumento da produção foi impulsionado pelo início de operação de uma nova onduladeira em Horizonte, no Ceará. O projeto de R$ 188 milhões consolidou a companhia como principal fornecedora de caixas de papelão no Norte e Nordeste, elevando a capacidade de produção desse tipo de embalagem na fábrica cearense a 100 mil toneladas por ano.

Além desta unidade, no Nordeste, a Klabin possui unidades em Goiana (PE) e Feira de Santana (BA). Já no Norte, a companhia possui fábricas em Manaus (AM).

“[O investimento] é reflexo da pujança do mercado nordestino, que cresce acima das demais regiões e ainda tem um mercado relevante de frutas, com exportações que devem crescer entre 5% e 10% neste ano”, afirmou o diretor de embalagens da companhia, Douglas Dalmasi, em entrevista ao Valor Econômico.

INVESTIMENTOS EM EXPANSÃO

A expansão faz parte de um robusto pacote de investimentos realizados pela companhia no país, criado com objetivo de acompanhar a demanda e consolidar a participação da empresa no mercado – a Klabin se mantém como líder em caixas de papelão, com participação de 24%.

Além da fábrica de Horizonte, o pacote inclui projetos em diferentes unidades, somando R$ 340 milhões, bem como uma nova fábrica de caixas em Piracicaba (SP), com aporte de R$ 1,6 bilhão, tendo em vista que a região Sudeste corresponde a cerca de metade do consumo de papelão ondulado no país.

Segundo Dalmasi, a ampliação, que também contempla sacos industriais, foi possibilitada pela nova Máquina de Papel 27 em Ortigueira (PR), como parte do projeto Puma II. Com mais papel disponível, a empresa pode voltar a expandir a capacidade de conversão, enquanto integrava os ativos adquiridos em 2020 da International Paper no Brasil.

“A capacidade de embalagens estava tomada, sem possibilidade de acompanhar o crescimento dos clientes”, afirmou o executivo. Com exceção da nova unidade em Piracicaba, os demais projetos entram em operação neste semestre.

Ao mesmo tempo em que expande sua capacidade, a Klabin também vai parar de operar algumas máquinas menos produtivas – entre partidas e fechamentos, a empresa chegará a uma capacidade instalada de 1,3 milhão de toneladas por ano. A previsão é de que esse desempenho atenda ao mercado até 2025, sendo necessário adicionar novas capacidades após esse ano.

Fonte
Valor Econômico
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