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Irani Ventures destina R$ 900 mil para embalagens sustentáveis à base de fungos

A companhia está acelerando a startup Mush, que também desenvolve mobiliários e itens de decoração, moda e construção civil

A Irani Ventures, veículo de Corporate Venture Capital da Irani, anunciou mais um aporte para uma startup. A selecionada é a paranaense Mush, desenvolvedora de produtos ecológicos e biodegradáveis à base de fungos oriundos de resíduos agrícolas e vegetais, que receberá um investimento de R$ 900 mil.

Por meio deste incentivo, a Irani acelera o trabalho de mais uma startup que explora insumos alternativos na produção de embalagens. Recentemente, a companhia realizou um aporte de R$ 1,4 milhão para a growPack – que produz embalagens a partir da palha de milho –, e agora conta com mais uma iniciativa de desenvolvimento de novas matérias primas alinhado à sustentabilidade.

“Enquanto indústria, queremos cada vez mais apoiar iniciativas inovadoras que tenham uma forte preocupação com o meio ambiente. Temos o desenvolvimento sustentável como pilar do negócio na Irani, então as investidas precisam estar alinhadas com a nossa tese. Acreditamos que essa preocupação se reflete no desenvolvimento do ecossistema como um todo, por isso o trabalho da Mush nos encantou tanto”, afirmou Fabiano Alves Oliveira, diretor de Pessoas, Estratégia e Gestão da Irani.

A partir de resíduos orgânicos, a tecnologia desenvolvida pela Mush faz com que seja possível controlar o processo natural de crescimento do micélio (parte vegetativa dos fungos composta por uma rede de fibras finas, semelhantes a raízes). Assim, o aglomerado de hifas (filamentos do fungo) se desenvolve como uma espécie de rede, agindo como cola e unindo resíduos uns nos outros, formando um material único, sólido e bastante resistente.

Atualmente, a startup utiliza essa técnica para produzir materiais 100% orgânicos e biodegradáveis em condições domésticas, o que gera um impacto ambiental muito positivo. Seu catálogo inclui embalagens, mobiliários e itens de decoração, design, moda e construção civil.

Para Paulo Beck, Head de Investimentos da Grow+, gestores do Irani Ventures, essa é uma aposta com enormes chances de escala. “Quando estávamos selecionando startups para receber investimento da Irani Ventures, procurávamos uma empresa com tecnologia de ponta, capaz de transformar resíduos em matéria-prima e que suas soluções estivessem aderentes à nossa tese de novas embalagens. Encontramos na Mush muito mais do que uma empresa de transformação de resíduos: é uma empresa com processo inovador, tecnologia patenteada e pesquisadores suportados pelo CNPQ, que lhes permite manter um time robusto e multidisciplinar de pesquisa científica”, ressaltou o executivo.

“Nossas embalagens, assim com outros itens do catálogo, são totalmente sustentáveis e atendem ao anseio do consumidor em gerar menos lixo. E, além de embalagens, percebemos que essa matéria-prima pode ter muitas aplicações, com pesquisas que este novo aporte realizado pela Irani Ventures irá ajudar a acelerar”, explicou Eduardo Sydney, cofundador da Mush.

Em 2022, a Irani Ventures anunciou o seu primeiro aporte financeiro, investindo R$ 1,5 milhão na Trashin, startup de impacto criada em 2018. Com sede em Porto Alegre, a iniciativa promove a economia circular por meio da gestão de resíduos e de programas de logística reversa. Em 2023, a segunda escolhida para o aporte foi a growPack, com R$ 1,4 milhão. A startup desenvolve tecnologias para produzir embalagens alimentícias sustentáveis utilizando resíduos reaproveitados de agricultura local, como a palha do milho.

Fonte
Irani
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