Irani reporta receita líquida de R$ 408 milhões no terceiro trimestre
A empresa registrou uma queda de 32,3% no lucro líquido, para R$ 64,63 milhões

A Irani Papel e Embalagem reportou uma receita líquida de R$ 408 milhões no terceiro trimestre deste ano, com avanço de 3,4% ante o trimestre anterior e recuo de 7,6% na comparação anual. O lucro líquido da companhia, por sua vez, chegou a R$ 64,63 milhões, com queda de 32,3% na comparação ano a ano. Já o Ebitda ajustado somou R$ 133,33 milhões, com margem de 32,7%.
Nesse contexto, o volume de vendas da companhia caiu 4,4% no trimestre, a 43,7 mil toneladas. No entanto, segundo a companhia, houve um aumento de 13,3% na comparação com o mês de junho, indicando uma possível retomada no consumo e na demanda.
“Apesar da retração na comparação com o mesmo período do ano anterior, em relação ao segundo trimestre deste ano o lucro da companhia ficou em patamar semelhante, desconsiderando a receita atípica gerada por um ganho judicial de créditos de PIS e Cofins, de R$ 161,11 milhões no segundo trimestre de 2023. Isso mostra a resiliência do nosso negócio em meio a um momento de cenário adverso”, avalia o diretor de Administração, Finanças e de Relações com Investidores da Irani, Odivan Cargnin.

Entre julho e setembro deste ano, destaca o executivo, duas ações se sobressaíram e devem começar a refletir positivamente nos resultados da companhia. Um importante movimento, que terá reflexos positivos e que foi implementado no terceiro trimestre, foi a adoção da estratégia de gestão de passivos (liability management), que teve como foco alongar prazo e reduzir o custo da dívida da empresa. Esse movimento financeiro permitiu substituir debêntures com custo de CDI + 4,5% ao ano por outras operações com custo de CDI + 1,8% ao ano e prazo total de cinco anos. “Com isso, reduzimos o custo de capital de terceiros, com impacto bastante favorável no custo médio da dívida da empresa”, acrescenta Cargnin.
Outro ponto importante é que, após os R$ 910,68 milhões já investidos na plataforma Gaia desde 2020, a companhia ingressa em uma nova fase. “Passamos agora a contabilizar no resultado as despesas financeiras dos financiamentos e entramos na fase de captura dos retornos. Estamos chegando ao final do ciclo de investimentos com uma alavancagem bem controlada, na casa de 2,1 vezes o Ebitda, com R$ 538 milhões em caixa, 99% da dívida no longo prazo com custo bem adequado”, explica Cargnin.
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