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Irani avalia possibilidade de fusões e aquisições

“É uma possibilidade de crescimento que sempre temos à mão”, disse Sérgio Ribas, presidente da companhia

De acordo com Sérgio Ribas, presidente da Irani Papel e Embalagem, a companhia está sempre avaliando oportunidades de fusão e aquisição e vai aproveitar quando surgir alguma que faça sentido, seja no Brasil ou no exterior. “É uma possibilidade de crescimento que sempre temos à mão”, afirmou Ribas.

Segundo o executivo, a fusão anunciada no mês passado, entre a Smurfit Kappa e WestRock, representa a tendência global de consolidação na indústria de embalagens de papelão ondulado. “Nesse segmento, custos são muito importantes. Preço é fundamental, mas a competição se dá mais por estrutura de custos”, disse. Ribas ainda acrescentou que essa fusão dará origem a um “player diferenciado”.

Antes da fusão, ambas companhias já estavam presentes com operações industriais no Brasil, portanto, segundo Ribas, não deve haver um grande impacto no país. “Elas já estavam presentes e são duas concorrentes leais no dia a dia”, explicou. “Esperamos seguir da mesma forma e, no nosso caso, estamos sempre avaliando oportunidades que surgem no mercado interno e, eventualmente, fora”, complementou.

Em relação ao terceiro trimestre de 2023, Sérgio disse que o ambiente macroeconômico enfrentou desafios em todos os mercados, em específico para empresas com maior exposição ao consumo interno, embora a Irani tenha obtido resultados positivos.

“Foi um cenário macroeconômico bastante desafiador em todos os casos, com os efeitos de políticas monetárias restritivas. Ainda assim, a companhia performou de forma bastante adequada, com a contenção de custos e a queda dos custos de aparas, que contribuíram para manter os resultados em linha com o que prevíamos”, afirmou Ribas.

INVESTIMENTOS

Até setembro deste ano, a Irani já investiu R$ 910,68 milhões na Plataforma Gaia, que compreende uma série de projetos de melhoria de competitividade e eficiência a partir das operações atuais da companhia, sem foco na ampliação da capacidade de produção da companhia.

Próximo de ser concluído, o projeto contribuiu para a elevação da alavancagem financeira, para 2,1 vezes pela relação entre dívida líquida e Ebitda, em setembro. De acordo com Ribas, a expectativa é que haja uma nova elevação nesse índice no quarto trimestre de 2023, com desalavancagem a partir do começo de 2024, na esteira da captura dos ganhos com a Plataforma Gaia e ausência de novos investimentos.

Fonte
Valor Econômico
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