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Indústria de embalagens busca se integrar à economia circular

Para isso, o setor tem desenvolvidos novos materiais e processos, que impulsionam, por exemplo, a biodegradabilidade, bem como o reaproveitamento e a reciclagem

Com a tendência de sustentabilidade em alta entre os consumidores, a indústria de embalagens está trabalhando para reduzir o descarte pós-consumo, diminuindo o volume de insumos que vão para aterros sanitários ou lixões. Para isso, o setor tem desenvolvidos novos materiais e processos, que impulsionam, por exemplo, a biodegradabilidade, bem como o reaproveitamento e a reciclagem.

De acordo com um estudo da Mordor Intelligence, o mercado mundial de embalagens biodegradáveis foi avaliado em US$ 81,70 bilhões em 2020 e deve alcançar US$ 118,85 bilhões até 2026. Nesse sentido, grandes organizações de diversos setores buscam alternativas ao plástico dentro do conceito de economia circular – com recursos devolvidos à natureza graças à biodegradação dos materiais.

Diante disso, o papel e o papelão, os materiais mais usados na fabricação de embalagens, possuem um alto índice de reaproveitamento, bem como altas taxas de reciclagem no país e uma degradação no meio ambiente mais rápida que outros materiais – enquanto o plástico demora cerca de 400 anos, o papel leva meses para se decompor.

A Papirus, por exemplo, produz 110 mil toneladas por ano de papel cartão, com apoio de aparas descartadas coletadas por dez cooperativas de catadores. “Com essa parceria, a Papirus coleta cerca de 1,2 mil toneladas de aparas pré-consumo e 250 toneladas de aparas pós-consumo por mês destinadas à fábrica de Limeira (SP), onde são transformadas em papel cartão”, informa Amando Varela, diretor comercial e de marketing.

Assim, esses materiais fecham o ciclo da economia circular ao retornar para o processo produtivo após o consumo. No entanto, para isso, necessitam da coleta seletiva realizada pelas prefeituras e do trabalho das cooperativas de catadores, que desempenham papel fundamental na cadeia de reciclagem.

Nesse contexto, o uso de fontes renováveis também entra na equação da embalagem sustentável. Uma fabricante de vidros de São Bernardo do Campo (SP), a Wheaton, optou por utilizar biometano em seu processo produtivo, substituindo o gás natural. Neste caso, o combustível vem de resíduos urbanos que ficam armazenados em um aterro sanitário localizado em Sapopemba, na zona leste de São Paulo. Dessa forma, a companhia diminuiu a emissão em 7 mil toneladas de CO2 na atmosfera em um ano, o que equivale a mais de 50 mil árvores plantadas num período de 20 anos.

Fonte
Valor Econômico
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