NotíciasPackaging no mundo

Georgia-Pacific transforma fábrica ineficiente em modelo de eficiência energética

Após a compra da fábrica, a GP iniciou o Projeto Phoenix, um plano de modernização de US$ 400 milhões que acabou transformando a fábrica em uma das mais eficientes dos EUA

Quando a fábrica de papel e celulose localizada em Brewton (Alabama, EUA) foi adquirida pela Georgia-Pacific, em 2007, as caldeiras de recuperação da unidade – essenciais para manter seu funcionamento – estavam em serviço desde 1957 e 1964, e lutava para se manter competitiva. A última instalação de equipamento tinha ocorrido na década de 80, tornando a planta ineficiente e sujeita a frequentes paradas não programadas, necessitando de mudanças drásticas para operar com sucesso no longo prazo.

No entanto, hoje, a companhia se tornou um exemplo de como uma boa liderança, combinada com investimento e modernização com visão de futuro, pode impulsionar até as instalações mais desafiadoras. A melhoria da fábrica, que produz papel cartão branqueado, também faz parte do sucesso do negócio de pratos de papel Dixie da Georgia-Pacific – que tem observado uma demanda crescente por esses produtos nos últimos anos.

Anteriormente à compra da GP, uma empresa do grupo Koch, outros proprietários atrasaram a substituição do equipamento desatualizado por considerar o investimento caro, e, em vez disso, realizaram investimentos de curto prazo para manter a operação. Já em 2007, com a nova administração assumindo, a empresa gastava tempo e recursos apenas para se manter produzindo.

A aquisição da planta custou US$ 350 milhões para a Georgia-Pacific, mas para atualizá-la custaria tanto dinheiro quanto, se não mais.

“Fiz pesquisas suficientes para entender como a filosofia de investimento da Koch Industries é de longo prazo, e me senti otimista”, afirmou Bob Diercks, que agora trabalha como líder de otimização para desempenho de processo (OPP) em Brewton.

Após a compra, a GP iniciou o que ficou conhecido como Projeto Phoenix, um plano de modernização de US$ 400 milhões que acabou transformando a fábrica de Brewton em uma das fábricas de papel e celulose mais eficientes dos EUA.

Além de ter se tornado lucrativa, a companhia conquistou o reconhecimento da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA). Em 2021, a Brewton tornou-se a primeira fábrica de papel integrada dos EUA a obter a certificação Energy Star® pela EPA, o que significa que operou entre as 25% principais das fábricas de papel em termos de eficiência energética. A empresa também se tornou uma das quatro fábricas de papel a alcançar o Energy Star Challenge For Industry pela EPA. A conquista reconhece instalações que voluntariamente reduzem o uso de energia em 10% em cinco anos.

No total, a Brewton reduziu seu consumo de energia em 11,2% em apenas quatro anos, resultando em US$ 2,6 milhões em economia de energia anualmente, segundo Mike Younis, diretor de energia e sustentabilidade da GP.

A redução ocorreu principalmente por meio da instalação de uma nova caldeira de recuperação e evaporador altamente eficiente, montada em 2016, que queima o material residual do processo de fabricação de papel para gerar vapor para abastecer a fábrica. O projeto incluiu uma turbina de 75 megawatts que produz eletricidade suficiente para atender 60 mil casas, ou toda a cidade de Auburn, Alabama, a cerca de 240 quilômetros de Brewton, conforme explicou Younis.

Embora certamente um dos maiores, o Projeto Phoenix não é o único esforço focado na otimização das operações das fábricas de Brewton. Roberto Flores, gerente regional ambiental sênior da GP Containerboard, por exemplo, recentemente começou a convocar líderes ambientais e de processos regionais para compartilhar as melhores práticas e recursos entre todas as suas plantas para garantir que cada uma seja capaz de melhorar e sustentar seu desempenho ambiental.

“Ao compartilhar regularmente os esforços ambientais entre todas as nossas fábricas de papelão, podemos alavancar novas ideias que beneficiam não apenas a GP, mas também as comunidades onde operamos”, declarou Roberto.

Fonte
Georgia-Pacific
Mostrar mais
Botão Voltar ao topo