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Expedição de papelão ondulado em alta favorece a Klabin

Os meses de julho e agosto registraram recorde em expedição de papelão ondulado, com boa perspectiva até dezembro

Por sua utilidade a várias indústrias, o papelão é um dos melhores indicadores do desempenho da economia. Nesse sentido, a expedição de embalagens de papelão ondulado tem apresentado um crescimento considerável nos últimos meses, segundo a Associação Brasileira de Embalagens em Papel (Empapel). “Tivemos o melhor julho de todos os anos, depois o melhor agosto de todos os anos. E nossa expectativa é de setembro a dezembro termos novos recordes”, afirma Gabriella Michelucci, presidente da associação.

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), janeiro a agosto deste ano, o Brasil teve superávit de US$ 23,3 bilhões no comércio com a China e vem atravessando um momento positivo também internamente.

“O mundo ficou dependente da China. Globalmente os países começaram a internar tudo o que antes traziam de lá. Mas o Brasil é exportador de celulose, carne, soja e milho. A gente mais vende do que traz”, destaca a executiva. Outro fator que tem colaborado com este contexto é a autossustentabilidade na produção de alimentos, bem como sua exportação.

“Nossa expectativa é de setembro a dezembro ter recordes de expedição de papel ondulado impulsionados pelo consumo das famílias. Teve queda na taxa de desemprego, o Auxílio-Brasil de R$ 600 está injetando dinheiro na economia, além da antecipação do FGTS e da parcela do 13º salário para os aposentados”, afirma Gabriella.

CENÁRIO FAVORÁVEL PARA A KLABIN

Sinalizando a alta da atividade econômica do país, a Klabin, maior fabricante brasileira de embalagens, tem apresentado um grande fluxo de trabalho na fábrica de Jundiaí (SP), onde produz caixas de papelão.

No contexto pós-pandemia, a empresa viu um aumento expressivo nas embalagens para o e-commerce, que antes respondia por 6% do consumo de papelão ondulado da companhia e dobrou sua participação em dois anos, mantendo uma taxa de crescimento de 15% ao ano.

Essa demanda ampliou as atividades da empresa, que deixou de atender somente às grandes indústrias e largas escalas e passou a dar atenção também ao pequeno empreendedor, no market place exclusivo da companhia, o Klabin ForYou.

“Estimamos que 30% de nossa receita, daqui a três anos, podem vir de coisas que não existem hoje. Isso virá tanto pelo aumento da nossa base de clientes como de produtos novos”, aponta Douglas Dalmasi, diretor de Embalagens da Klabin.

Mesmo antes dessa expansão acelerada, a Klabin apresentou bom desempenho ante os desafios do setor. Essa resiliência do segmento se dá em sua ampla aplicação, independente das oscilações do mercado.

O mercado de papelão ondulado é voltado em cerca de 60% para a indústria de alimentos, 20% para itens de primeira necessidade, como higiene e limpeza doméstica, e outros 20% para bens duráveis ou semiduráveis, como eletrodomésticos, móveis e calçados.

Nesse sentido, o setor não sofre tanto porque apesar de condições econômicas, a alimentação é uma necessidade prioritária, e quando os demais setores da economia crescem, esse mercado acompanha. Além disso, 60% do mercado de papelão ondulado e 85% dos sacos de papel têm total integração do mercado doméstico com o internacional, ou seja, sempre pode haver redirecionamentos, conforme as circunstâncias econômicas. “80% do que se produz no Brasil e na Klabin têm um nível de resiliência muito alto”, resume Gabriella Michelucci.

Com uma visão ainda maior para sua expansão, a Klabin anunciou um investimento de R$ 1,6 bilhão na construção de uma nova fábrica de embalagens de papelão ondulado em Piracicaba (SP). Com previsão de entrar em operação durante o segundo trimestre de 2024, o “Projeto Figueira” terá capacidade anual de produzir 240 mil toneladas de papelão ondulado.

Fonte
Gazeta do Povo
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