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Escassez de contêineres impacta exportações e se torna ‘grande gargalo de logística’, segundo Klabin

A escassez afetou principalmente as exportações de papel kraftliner e celulose fluff, impactando a capacidade da empresa de vender até 30 mil toneladas a mais de produtos

A Klabin, produtora e exportadora de papel e celulose, teve um desempenho positivo em seus negócios no segundo trimestre de 2024, mas enfrentou desafios significativos devido à escassez de contêineres e à falta de infraestrutura para esse tipo de logística, especialmente nos portos das regiões sul e sudeste do Brasil. Cristiano Teixeira, diretor-geral da empresa, destacou que esses problemas foram um obstáculo importante, limitando as vendas durante o período.

Em teleconferência realizada na quarta-feira, 31, Teixeira explicou que a falta de contêineres impactou principalmente as exportações de papel kraftliner e, em seguida, a de celulose fluff, usada na fabricação de fraldas descartáveis e absorventes. “Nem tudo foi maravilhoso no segundo trimestre. Tivemos um problema de ‘carry over’ por questões logísticas. Hoje, o grande gargalo de logística é a exportação em contêineres”, afirmou o executivo.

Apesar de seus 30 anos de experiência em logística, Teixeira expressou dificuldade em entender a razão da deficiência de contêineres e das estruturas portuárias, além da escala dos navios. Segundo ele, a Klabin poderia ter vendido aproximadamente 30 mil toneladas a mais de produtos no trimestre, o que poderia ter levado a um desempenho ainda melhor.

No setor de celulose, a empresa continuou a estratégia de direcionar maiores volumes para mercados maduros. A produção de fluff, obtida a partir da fibra longa, manteve-se positiva, com preços estáveis e expectativas favoráveis para o terceiro trimestre. “Olhando de forma estratégica, a compra dos ativos da Arauco no Paraná trouxe a possibilidade de ter mais fibra longa no nosso portfólio de produtos, em linha com a estratégia comercial e visão da companhia de foco em fluff”, comentou Teixeira.

No mercado de papéis, com o avanço das novas máquinas, especialmente a MP 28 para cartões, a Klabin está passando por um período de transição, movendo-se do investimento para a desalavancagem, com foco em aumentar receitas e resultados. O executivo apontou que a empresa está experimentando crescimento e melhorias nas margens.

Fonte
Valor Econômico
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