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Em meio à fusão de gigantes globais, Klabin aposta no crescimento orgânico

Apesar disso, a liderança da empresa apoia a consolidação da indústria de embalagens de papelão, pois gera valor para um segmento nem sempre corretamente avaliado

De acordo com Cristiano Teixeira, diretor-geral da Klabin, na estratégia de curto prazo, a companhia não vai acompanhar o movimento de outras empresas que anunciaram grandes fusões, focando apenas em projetos de crescimento orgânico. Apesar disso, a liderança da empresa apoia a consolidação da indústria de embalagens de papelão, pois gera valor para um segmento nem sempre corretamente avaliado.

“Entendemos que a melhor solução ainda é trazer [nova] capacidade orgânica de baixíssimo custo, vislumbrando criação de valor mais a médio prazo com provavelmente alguma associação”, afirmou Teixeira. “Mas isso será avaliado após o período de crescimento orgânico que a empresa se propôs a fazer”.

Recentemente, as multinacionais Smurfit Kappa e WestRock anunciaram uma fusão que deve gerar uma gigante global de embalagens avaliada em US$ 20 bilhões. Ambas as empresas possuem operação no Brasil, e juntas somam cerca de 15% do mercado nacional, enquanto a líder Klabin tem pouco mais de 24%.

Para o diretor-geral, a posição competitiva da empresa diante de seus pares globais justifica, neste momento, a escolha pela execução de novos projetos e não uma fusão ou aquisição. “Por enquanto, a estratégia está seguindo bem”, reiterou.

Dentre os atuais projetos da companhia está a nova fábrica de embalagens em Piracicaba (SP), de R$ 1,6 bilhão, com início das operações previsto para 2024.

Nesse contexto, Cristiano avaliou que o valor de mercado de US$ 130 bilhões das 20 maiores empresas do setor no mundo não reflete o que essas operações de fato valem – sobretudo no caso dos produtores latino-americanos, que são mais competitivos que os demais. Nesse contexto, a consolidação é importante, observou.

Sobre a fusão da Smurfit WestRock, Teixeira reforçou que enquanto a SK é compradora de papéis para embalagem, a WestRock é vendedora; assim a combinação se torna coerente e cria a maior empresa de papelão ondulado do mundo.

Além disso, recentemente a companhia divulgou os resultados do terceiro trimestre, com desempenho mais fraco. Para o quatro trimestre, a direção da companhia ainda enxerga um mercado desafiador e prevê uma melhora nos resultados com o aumento anunciado para os preços de celulose, bem como o start-up da MP 28. Por fim, o executivo afirmou que a Klabin continuará buscando reduzir custos e aumentar sua eficiência.

Fonte
Valor Econômico
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