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Com demanda fraca, preço de exportação de aparas cai

No último outono do hemisfério Norte, os preços das aparas exportadas dos EUA, Japão e Europa caíram de 40% a 50%, e seguem em baixa

As fabricantes de embalagens de papel do Sudeste Asiático desaceleraram a compra de papéis pós consumo, acompanhando a queda nas exportações de eletrônicos e outros produtos da região para os EUA, Europa e China. Como a demanda por papelão está relacionada à distribuição de mercadorias e outras atividades econômicas, a demanda por aparas também está diminuindo.

Nesse sentido, os preços dos resíduos de papel exportados ao Sudeste Asiático estão em baixa, em razão da demanda fraca, além do aumento da oferta de outros países, como Estados Unidos, Europa e Japão. No último outono do hemisfério Norte, os preços das aparas desses países caíram de 40% a 50%, e seguem em baixa.

Enquanto os resíduos de papelão dos Estados Unidos estavam sendo negociados a US$ 170 no fim de 2022, seis meses antes a cotação chegava a US$ 300. A Europa e o Japão seguem a mesma trajetória. No Japão, o preço chegou a cair de US$ 280 para cerca de US$ 150, enquanto na Europa foi de US$ 270 para algo entre US$ 120 e US$ 130 – e os valores permaneceram baixos por mais de seis meses.

 

Esses materiais são enviados para destinos como Índia e Sudeste Asiático, onde são reciclados em papelão ondulado e devolvidos aos exportadores.

Diante desse cenário, a exportação de aparas de países industrializados está aumentando. No primeiro semestre, o Japão exportou 1,1 milhão de toneladas de papéis aparados, com alta de 9,7% na comparação anual. Na Europa, o cenário é semelhante, com a desaceleração da economia. Assim, enquanto a produção de papel e papelão caiu no primeiro trimestre, as exportações de aparas da União Europeia dobraram.

Desse modo, com a demanda fraca por papelão ondulado, os fabricantes reduziram as compras do papel pós-consumo e enviam o estoque excedente ao exterior.

Fonte
Valor Econômico
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