Com cenário desafiador, Klabin não planeja novas expansões ou aquisições
“Não há nenhum M&A sendo explorado hoje, mas, como há essa reprecificação dos ativos em geral, isso pode eventualmente aparecer na nossa frente como oportunidade”, afirmou Cristiano Teixeira, diretor-geral da companhia

Para Cristiano Teixeira, diretor-geral da Klabin, o setor de papel e celulose enfrentou condições de mercado desafiadoras durante o segundo trimestre de 2023 e segue na mesma trajetória no terceiro trimestre. No entanto, segundo o executivo, a companhia, “a partir de um portfólio de produtos diversificado, pode se beneficiar de seu modelo de negócios”.
No segmento de papéis, a Klabin manteve a estratégia de realizar as paradas mercadológicas e maior nível de integração de papel próprio em papelão ondulado, diante da queda de preços no mercado internacional.
Em cartões, por sua vez, a empresa iniciou qualificação da produção da nova máquina, a MP 28, segunda máquina de papel do Projeto Puma II. A percepção da empresa para este segmento é de um terceiro trimestre tradicionalmente mais aquecido, tanto no mercado doméstico quanto no internacional, com fortalecimento da demanda.
Para o segmento de embalagens, o segundo trimestre foi um período de bom desempenho em volume e rentabilidade e, em sacos industriais, o mercado interno trouxe “solidez” aos resultados.
Nesse contexto, de acordo com Teixeira, embora os preços da commodities permaneçam em baixa – o que gera uma reprecificação dos ativos e, diante desse cenário, podem surgir oportunidades no mercado –, a Klabin não possui, no momento, planos de expansão de capacidade mais robustos ou uma possível aquisição.
“Não há nenhuma previsão de estudo de projeto de crescimento neste momento. O foco absoluto é entregar bem a MP 28 e fazer daquele site [Puma, em Ortigueira] uma referência mundial”, declarou o diretor, acrescentando que a companhia também está se preparando para até “18 meses de mercado difícil” com iniciativas de melhoria de custos e produtividade.
Além disso, conforme explicou Cristiano, a empresa aproveitou praticamente todas as oportunidades que surgiram nos ciclos passados. “Não há nenhum M&A sendo explorado hoje, mas, como há essa reprecificação dos ativos em geral, isso pode eventualmente aparecer na nossa frente como oportunidade”, apontou o executivo.