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Com aporte de R$ 15 milhões, Bonet investe em nova fábrica de copos e embalagens

Com a nova operação, a companhia espera triplicar seu faturamento – que chegou a R$ 240 milhões em 2022 – até 2024

A Bonet Madeiras e Papéis, tradicional fabricante de papel cartão brasileira, recebeu investimentos de R$ 15 milhões para a primeira indústria verticalizada de copos e embalagens biodegradáveis da América Latina. Com a nova operação, a companhia espera triplicar seu faturamento – que chegou a R$ 240 milhões em 2022 – até 2024.

Nesse sentido, a empresa conta com um novo parque fabril com área de 2 mil m², localizado em Caçador (SC), e com capacidade inicial de aplicar resina em 3 mil toneladas de papel, das quais 200 toneladas se tornarão copos. Segundo a Bonet, isso representa um potencial de produção de cerca de 50 milhões de copos por mês, com redução de custo de até 70% em relação ao processo produtivo que não é verticalizado.

De acordo com Paulo Bonet, presidente da companhia, o novo parque fabril possibilita à empresa ter 100% de controle sobre a produção de embalagens biodegradáveis. “Existe ainda no mercado brasileiro uma carência em termos de fornecimento de copos e embalagens sustentáveis, e de uma empresa que atenda essa demanda com alta capacidade de produção. Além disso, o preço não é competitivo”, explicou o executivo.

Diante disso, o investimento visa atender aos clientes, como indústrias, redes de fast food e delivery, com embalagens mais sustentáveis à base de papel, a fim de substituir as alternativas de plástico.

Autoprodutora de energia, de fonte hídrica, a Bonet produz papel a partir de matéria-prima renovável e usa uma resina sustentável, que substitui o polietileno. A companhia conta com sete máquinas, embora já planeje um novo investimento para o próximo ano, a fim de elevar sua capacidade.

Conforme a Bonet, o mercado global de embalagens biodegradáveis movimentou cerca de US$ 99,3 bilhões em 2022 e deve ultrapassar US$ 132 bilhões até 2028, com base em relatório da Mordor Intelligence, impulsionado pela crescente preocupação ambiental por parte de vários países em eliminar o plástico de uso único.

Fonte
Valor Econômico
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