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CEO da Irani aponta tendências para crescimento da empresa

Segundo Sérgio Ribas, existem duas principais tendências estruturais que impulsionam o potencial de crescimento da empresa: o e-commerce e a sustentabilidade.

Sérgio Ribas, CEO da Irani, relata que, além do plano de expansão que já está em andamento, há estudos para um novo projeto de crescimento orgânico da companhia.  Segundo o executivo, existem duas principais tendências estruturais que impulsionam o potencial de expansão da empresa: o e-commerce e a sustentabilidade.

“O e-commerce tomou tração muito grande na pandemia. Havia um comportamento do consumidor reticente na compra online e com a pandemia houve a necessidade real”, explica o CEO.  “Essa mudança veio para ficar. Ela pode ter um arrefecimento pós-pandemia, mas a tendência é de crescimento de dois dígitos nos próximos anos. Isso beneficia demais o setor de papel de embalagens”, indica o executivo.

No que diz respeito à sustentabilidade, Sérgio lembra que o Brasil está entre os países que mais recicla papel no mundo. “O papel é sem dúvida uma embalagem mais sustentável, pois vem de fontes recicláveis, a partir de florestas plantadas”, afirma o CEO.

“Nós temos mais de 70% do papel consumido sendo reciclado. E vem crescendo”, acrescenta. Ele conclui dizendo que há um grande movimento para a substituição do plástico pelo papel, e que isso irá se intensificar nos próximos anos.

O ano de 2021 foi o melhor na história da Irani. No período de 12 meses, a empresa registrou um lucro de R$ 530 milhões antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda), com uma margem acima de 30%. “Para uma empresa que tem cerca 70% de papel reciclado na produção de papel é talvez a melhor margem do mercado”, ressalta o executivo.

De acordo com Ribas, a companhia tem preferência pelo crescimento orgânico, e segue nessa linha para implementar um de seus maiores investimentos, a Plataforma Gaia. O projeto pretende tornar a empresa mais competitiva, com redução de custos e ganho de produtividade, ao tornar a companhia autossuficiente em energia, realizar a ampliação da fábrica em Santa Catarina, substituir e reformar equipamentos, digitalizar ativos, entre outras iniciativas.

Sérgio Ribas avalia que, quando estiver completamente implementada, a Plataforma Gaia deve agregar R$ 120 milhões ao Ebitda da companhia. “Com esse investimento ganharemos pelo menos 8% de margem Ebitda”, presume.

Os projetos devem seguir até 2025, porém, o CEO explica que os benefícios serão sentidos antes. Nesse contexto, a empresa pode ingressar em um novo ciclo de investimentos, que podem incluir uma segunda linha de celulose, uma nova máquina de papel e uma nova planta de embalagens. “Esses projetos estão em estudos iniciais”, revela o executivo.

Atuando no mercado de packaging há 81 anos, a empresa possui uma produção integrada, desde a madeira plantada para a produção da celulose, até ser convertida em papelão ondulado.

Fonte
InfoMoney
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