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Apostas online freiam consumo e ameaçam recuperação do mercado de papel cartão no Brasil

Especialistas alertam para o impacto das apostas na economia real, drenando recursos das famílias e dificultando a retomada de setores como o de papel cartão

Economistas e analistas do mercado têm observado a relação e o impacto significativo das apostas online na recuperação da demanda por papel cartão no Brasil. Foi expressa a preocupação com o papel que o aumento desse tipo de atividade está desempenhando na limitação do consumo de bens, especialmente em setores da economia real, como o mercado de papel cartão.

“Apesar de uma melhora nos níveis de renda desde o período crítico de 2020-2021, o esperado recuo nos níveis de dívida das famílias brasileiras não se concretizou”, disse o economista Rafael Barišauskas. “Um dos motivos apontados para essa estagnação é o aumento do gasto com jogos online, uma tendência observada principalmente entre as famílias de baixa renda. Na tentativa de melhorar sua situação financeira, muitos têm investido nessas apostas, mas os resultados, na maioria dos casos, têm sido desastrosos”.

Foto: Divulgação / Fastmarkets

Recentemente, a conferência Fastmarkets Forest Products LatAm foi realizada e durante o evento, a oportunidade para abordar o assunto se apresentou. Isso reflete um cenário preocupante, onde a liquidez das famílias está sendo sugada por essas atividades, em vez de ser canalizada para o consumo de bens e serviços que estimulam a economia. A drenagem de recursos financeiros das camadas mais vulneráveis da sociedade tem limitado a recuperação de setores econômicos importantes, como o de papel cartão, que depende diretamente do consumo para crescer.

Nesse contexto, o fenômeno das apostas online está criando um ciclo vicioso de pobreza e endividamento, que impede uma recuperação econômica mais robusta e sustentável. Em um contexto em que o mercado de papel cartão já enfrenta desafios significativos, a crescente popularidade dos jogos online surge como mais uma barreira para o setor, que ainda luta para retomar os níveis de demanda anteriores à pandemia.

 

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