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A importância da digitalização para o setor de papel

Por Antônio Lemos, Presidente da Voith Paper na América do Sul

O setor de papel vive um grande desafio estratégico. De um lado, há a crescente demanda por produtividade e sustentabilidade, de outro, persistem desafios operacionais, como falhas em equipamentos e desperdício de energia. Esses gargalos comprometem o desempenho das fábricas, elevam os custos e limitam a capacidade de inovação de muitas empresas. No entanto, há um caminho a ser seguido: a transformação digital. 

Durante décadas, operamos sob o paradigma da indústria 3.0, com automações pontuais e uma lógica de manutenção baseada em intervalos fixos. Refinadores, sistemas de preparo de massa e outros ativos recebiam intervenções programadas, muitas vezes de forma desnecessária ou, pior, depois que o dano já estava feito. Esse modelo gerava paradas inesperadas, baixa eficiência e desperdício de recursos. 

Hoje, porém, estamos dando um passo decisivo em direção à fábrica autônoma. Com a digitalização e o uso de Inteligência Artificial (IA), é possível migrar para uma abordagem preditiva e baseada em dados. Os sistemas modernos monitoram continuamente os equipamentos e oferecem insights em tempo real, permitindo uma tomada de decisão rápida, precisa e estratégica. 

O principal diferencial dessa revolução é a previsibilidade. Em vez de reagir a falhas, as equipes passam a antecipar problemas e realizar manutenções apenas quando necessário. Isso melhora a confiabilidade e libera a produção de interrupções não planejadas.

Outro efeito importante é a transformação das equipes. A manutenção deixa de ser reativa e se torna estratégica. Ferramentas digitais não apenas alertam sobre riscos, mas oferecem recomendações práticas de otimização, fazendo com que os profissionais elevem o nível de excelência operacional. 

E é aí que entra a expertise da Voith Paper no chão de fábrica dos clientes. Com um time altamente capacitado e experiente, a Voith alia conhecimento técnico aprofundado à aplicação das tecnologias digitais mais avançadas do setor.  

Nossos especialistas atuam lado a lado com as equipes operacionais, compreendendo as particularidades de cada processo produtivo para oferecer diagnósticos precisos e propor as soluções mais adequadas. Seja para otimizar o desempenho de um refinador ou reduzir o consumo energético no preparo de massa, a equipe da Voith está preparada para transformar desafios em ganhos reais de eficiência, confiabilidade e sustentabilidade. 

As fábricas que já adotaram essa nova mentalidade estão colhendo os frutos: maior eficiência, menor índice de falhas, custos operacionais reduzidos e ganhos reais em sustentabilidade. Mais do que uma tendência, a digitalização é um diferencial competitivo. 

Sabemos que este cenário ainda não é a realidade de muitas das fábricas brasileiras e que ainda há um longo caminho a ser percorrido na fase de automação das plantas, mas acreditamos que estamos trilhando um novo capítulo para a indústria do papel ser cada vez mais conectada, inteligente e sustentável. 

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Antonio Lemos

Antonio Lemos, presidente da Voith Paper América do Sul, possui longa experiência no mercado de papel e celulose. Presente no Grupo Voith há 33 anos, o executivo ingressou na companhia em 1991, como estagiário na área de engenharia de aplicação e vendas, passando a ocupar o cargo de presidente em 2021. Antonio é apaixonado por Papermaking e considera que a construção de um mundo melhor é pautada pela união de pessoas dedicadas, ações sustentáveis e investimento em transformação digital.
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